quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Costumbres argentinas Andres Calamaro

Ah gente, essa quinta tem tanto cara de sexta... Já queria estar viajando, mas como tenho que esperar até amanhã de tarde estou aqui matando a saudade com essa música do Calamaro que adoro (principalmente essa parte: esperando, esperandote, costumbres argentinas de... decir... no!!). Wooo
Bom carnaval!!! Depois conto do meu carnaval porteño ;)

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Ninho Vazio


Hoje fui conferir o último filme do Daniel Burman ("Abrazos Partidos","Derecho de Familia", etc), Nido Vacio (2008), que só estreou essa semana aqui em BH.
Eu estava ansiosa pra ver esse filme, não só por ter uma temática do cotidiano (que me encanta), mas por ter como protagonista a Cecilia Roth (a heroína de Todo sobre mi madre, adoro!) e, ainda, por este cartaz, que vamos e convenhamos, é lindo!
O filme mostra a crise e o vazio que emergem entre um casal de meia idade (Oscar Martinez e Cecilia Roth), quando os filhos deixam o lar para cuidar de suas próprias vidas. O universo íntimo e familiar, tão peculiar aos filmes do Daniel Burman, nesse filme é explorado com grande riqueza psicológica e profundidade, além de uma certa dose de humor. A mescla de imagens reais e oníricas chega a confundir, e nos deixa imaginando se determinada cena aconteceu ou é fruto da imaginação do personagem principal. No fundo, o filme mostra os efeitos da passagem do tempo, seja na vida amorosa do casal, seja na vida profissional de um artista que se encontra em plena decadência. As interpretações estão fenomenais e os diálogos primorosos, principalmente nas aparições do divertido e sincero neurologista (que estuda as pessoas com distúrbios de memória que, em lugar de lembrarem o que viveram, lembram o que gostariam de ter vivido). Enfim, gente, vou parar de falar senão eu conto o filme todo! Amei.
Curiosidades: A filha do casal é, nada mais nada menos, que a ótima atriz que fez XXY (Inés Efron).
No filme tocam duas canções ótimas do uruguaio Jorge Drexler, ma-ra-vi-lho-so!
O Daniel Burman é um dos grandes nomes do Novo Cine Argentino e é considerado um cronista da classe média, sendo influenciado por cineastas como Truffaut e Woody Allen.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

No te cases ni te embarques!


Sexta-Feira 13.
Para nós brasileiros é considerado um dia de azar (influenciados que somos pelas culturas anglo-saxônicas). Mas para Espanha, Grécia e os demais países latino-americanos (dentre os quais a Argentina), a terça-feira (martes) 13 é que é considerada "mala suerte", consagrando dentre outros, o ditado popular: "Martes 13, no te cases ni te embarques!!"
O mais interessante é que no primeiro martes 13 desse ano fui a um casamento! Sim, um casamento japonês em Buenos Aires! Parece que o pessoal era do contra e não deu muita bola para superstição, inclusive, alguns acreditam que dá até sorte casar nesse dia, contrariando o tão famoso ditado (devem ser seguidores do Zagalo que adora um 13!). Mas superstição por superstição, então casar no martes 13 é compensado pela chuva de arroz, né?
Curiosidades: o filme de terror "Sexta-feira 13" foi traduzido na Argentina e outros países hispanohablantes como "Martes 13".
O martes (terça-feira) é considerado dia de azar porque o deus martes, na mitologia, é o deus da guerra.
Coisas macabras que aconteceram na sexta-feira 13: acidente nos Andes que deu origem ao filme "Vivos" e promulgação do AI-5 no Brasil.
Na Itália o dia do azar é sexta-feira 7!
Nada a ver: Já que o tema é datas, na Argentina o dia dos namorados é comemorado no dia 14/02 (Día de San Valentin), próximo sábado, - como nos países do hemisfério norte. Sendo assim, feliz día a todos los enamorados!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Gato Negro

El gato negro é um dos cafés tradicionais da Avenida Corrientes. Passei por aí no dia em que fui comprar ingressos pro teatro no Paseo La Plaza: e fica logo ali em frente, é só atravessar a avenida e, voilà: você pode tomar seu café com medialunas feliz da vida.
O interessante desse café é que ele é conhecido por vender... condimentos! Isso, que coisa estranha não? Pois é, em lugar de café lá tem um forte cheiro de curry!! Você pode comprar condimentos e, também, umas latinhas escritas "gato negro" para guardá-los de lembrança. Comprei uma pra mim, vermelha e com o desenho do gato negro, e já estou usando (mas não para colocar tempero e sim brincos, rs).
Ao entrar no café, a impressão que se tem é que você entrou numa daquelas antigas boticas ou mercearias! Boa viagem no tempo pra você!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Bar Jamaiquino

Esse lugar não teria nada de especial. Fica numa esquina de Palermo e quase passa despercebido. A decoração é bem kitsch, beirando o brega, com direito a canga de bali pendurada na parede. Mas não se engane: o "Instinto" simplesmente serve os melhores daikiris da cidade!! Os sabores variam de acordo com a fruta da época e as porções são exageradamente abundantes. Nós sempre vamos aí e pedimos daikiris de sabores diferentes, assim provamos um do outro! Esse gigante da foto é de framboesa e estava delicioso!
Além de ter ótimos tragos (principalmente os frozen drinks, com destaque para o já citado daikiri), esse bar jamaicano ganha pontos por não ser um bar badalado da moda e, sobretudo, por tocar o melhor do reggae!
Por todos estes motivos (e outro que deixo pra vocês adivinharem) é que a gente gosta tanto de lá e sempre vai voltar.
Instinto, Calle Gascón 1275 - Palermo.

Publicidad para Quilmes (Arg) - Gotas

Falando em cervejas, aproveito para postar essa propaganda da Quilmes, em homenagem ao André Garibaldi, meu amigo que, mesmo sem nunca ter ido à Argentina sempre me apresenta boa música de lá! Com vocês a ótima banda indie de trip-rock Entre Ríos!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Birras!

Além do vinho, a cerveja (ou birra, do lunfardo), é outra bebida muito apreciada na Argentina, ainda mais num verão cujas temperaturas chegam ao patamar de 38ºC. Lá é comum encontrar em restaurantes e supermercados cervejas do mundo todo, como a Heineken, Budweiser, Stela Artois, Warsteiner, Corona, Brahma, e muito mais! Mas claro que, estando na Argentina o bom mesmo é provar as cervejas típicas de lá, como a Quilmes, Imperial, Isenbeck, Schneider (de Santa Fé), Bieckert, Palermo, Santa Fé, Iguana, Norte, Andes, a ótima Patagónia, a deliciosa Salta e a Salta Negra, além de uma infinidade de cervejas artesanais!
Um pequeno probleminha é que a cerveja costuma ser cara e, dependendo do lugar, compensa mais tomar vinho ou drink. Pedir uma cerveja também pode ser um suplício por questões idiomáticas. Por exemplo, pra pedir a cerveja de 1 litro, você deve pedir "una quilmes de litro". O chop pode ser "chop" mesmo ou "cerveza tirada". A "pinta" seria uma medida de mais ou menos 500ml e a metade disso é a "media pinta". A long neck é o "porrón". Ah, a cerveja também pode vir na Jarra, nesse caso chama jarra mesmo e só muda a pronúncia. Também existe uma variedade de copos de cerveja como o balón, a caña e a media caña (lá não tem o nosso famoso copo lagoinha!). Enfim, o mais fácil é pedir um chop mesmo, y listo!
Fomos num dia de extremo calor numa cervejaria artesanal chamada Antares, que fica no Palermo. Essa cerveja é de Mar del Plata e a cervejaria original fica naquele balneário. Lembro que no longínquo 2007 não conseguimos entrar de tão lotado, mas no dia em que fomos demos sorte e não estava tão cheio. Um detalhe interessante e misterioso é que a música é até alta mas incrivelmente não atrapalha as pessoas de conversarem (coisas da física quântica). Lá você pode pedir um dos variados chops ou a degustação (7 tipos diferentes de cerveja que vêm em copinhos pequenininhos). A que mais gostamos foi a que o meu amigo Sérgio Márcio pediu: Honey Beer, mas também havia outra boa, só não lembro o nome... o jeito é ir lá de novo. Sí, volveremos por más!
Antares, Calle Armenia, 1447 - Palermo.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Teatro de férias

Eu adoro ir na região dos teatros na Avenida Corrientes e no Paseo la Plaza, até já comentei com vocês aqui. O Paseo la Plaza é um complexo com salas de teatros, bares, lojas e restaurantes que fica na Avenida Corrientes, na altura da Calle Uruguai. Lá há uma das "carteleras" onde você pode comprar ingressos para muitos teatros com preços mais baratos (Atenção: descobri que o desconto é só quando você compra em número par! Afe, nada é perfeito nessa vida!). Mas em compensação o lugar é uma gracinha, cheio de árvores e super agradável: um verdadeiro oásis em plena loucura do centro. Janeiro não é lá uma boa época para ir ao teatro pois muitas peças estão fora de cartaz por conta das férias e, inclusive, muitas vão para Mar del Plata. Mas dessa vez, fui brindada pela sorte: duas das peças que me interessaram estavam aí dando sopa, ambas no Paseo La Plaza!
A primeira era "Gorda - Cuánto pesa el amor?" - peça que tentamos ver no ano passado e era praticamente impossível, pois havia que comprar com uma ou duas semanas de antecedência, um verdadeiro sucesso! O texto é do Neil Labute e conta a história de amor vivida por Tony (um bem-sucedido empresário) e Helena (uma mulher inteligente, interessante, divertida e com 30 kgs acima do seu peso), mostrando a crueldade, preconceitos e distorções de uma sociedade que não aceita o que foge ao padrão de beleza estabelecido.
A outra peça é o clássico "Muerte de un viajante", de Arthur Miller, com nada mais nada menos que o ator-que-eu-adoro-Diego-Peretti (Sí, sí, "el narigón" que fez "No sos vos, soy yo" e "Os simuladores"). A história é atual e comovente: o viajante Willy Loman (Alfredo Alcón) aspira a uma vida melhor, espera e exige que seu filho Biff (Diego Peretti!!) triunfe, mas fracassa afundado na sua própria ilusão! Segundo o diretor Rubén Szuchmacher a peça é a narração do fracasso das ilusões, de todos os castelos de areia que, confrontados com a realidade, se desvanecem. Muito emocionante, triste, belas atuações: destaque para o ator Alfredo Alcón (que atuou em "El hijo de la novia") e dá um show na pele do viajante que, nas palavras de Arthur Miller "Deu sua vida , ou a vendeu, para descobrir que a havia perdido". Se você gosta de teatro, vai adorar!

domingo, 1 de fevereiro de 2009

El Ateneo


Eu sempre pensei que eu já tinha conhecido a tal da livraria linda que era um teatro e que todo mundo comentava.
Ledo engano. Descobri na última viagem que eu havia me enganado de livraria! Vejam só vocês, eu sempre passava pela "El Ateneo" da calle Florida (que também é bonita, mas nem se compara com a outra!) e pensava que era lá, quando em dos meus passeios despretensiosos pela cidade descobri que a tal jóia de Buenos Aires é a livraria que fica na Avenida Santa Fé, no nº 1860, conhecida sem qualquer exagero como "El Ateneo Grand Splendid" e que foi recentemente eleita pelo The Guardian a segunda livraria mais linda do mundo!
A livraria é L-I-N-D-A, não é pra menos: foi construída num antigo teatro e teve sua arquitetura original conservada, incluindo suas cores dourada e vermelha. Ali há um café no palco e se pode folhear livros admirando embasbacado a beleza do lugar.
Em tempo: comprei um livro indicado pelo meu amigo André-do-Rio: Sobre héroes y tumbas, do Ernesto Sábato (que ainda não comecei a ler, espero que seja bom!). E você, comprou algum livro por lá??
Curiosidade: A livraria mais linda do mundo é a Boekhandel Selexyz Dominicanen, em Maastricht (Holanda). Veja a reportagem completa no La Nación!