quinta-feira, 17 de julho de 2008

Enfim, Cachi!!!


Chegando em Cachi, avistamos o "Nevado de Cachi" e vamos direto à hosteria de campo Samay Huasi, altamente recomendável e que, por si só, é uma atração à parte, não só pela linda vista e pelo atendimento exclusivo, mas também por servir as melhores empanadas e cordeiros da região. A hosteria ainda tem um riacho, rebanho de ovelhas, llamas e uma bonita plantação de álamos. Sem dúvida a paisagem mais privilegiada da região!

O lugarejo parece perdido no tempo e os moradores refletem a calma do lugar. Na pracinha está a igreja fofa de Cachi que tem o interior feito com Cardón (característica da região) e é considerado um monumento histórico nacional! Também há outras atrações: um museu arqueológico, casinhas coloniais e o antigo cemitério, que fica localizado num lugar super alto e tem uma linda vista da cidade. Pode-se almoçar em um dos "comedores" da praça, provar o sorvete da sorveteria que tem aí ou, no fim de tarde, tomar uma cerveja no bar que tem no Hotel do ACA (Automóvil Club Argentino). À noite ao redor da praça também funcionam bares e restaurantes, mas é tudo muito tranquilo e fecha cedo. Mas isso não importa muito pois o objetivo de estar em Cachi é desfrutar das lindas paisagens, descansar e aproveitar a paz que o lugar proporciona.
Dica: Hosteria de Campo Samay Huasi, telefones: (0054-387) 425-0625; Celular: (0054-387) 15-683-4541, email: samayhuasicachi@gmail.com; fica a 6km de Cachi, en La Aguada (Cachi Adentro), caminho para o Algarrobal (última parada antes do Nevado de Cachi).

Ah, na praça há vários artistas!! Mi metad de naranja me deu de presente uma aquarela, que é um quadro lindo com a Igreja de Cachi. Detalhe: a moldura rústica é feita de cactos!! LINDO!!!

terça-feira, 15 de julho de 2008

Destino: Cachi


Ainda na província de Salta há lugares lindos para se conhecer. Um deles é a cidade de Cachi, que fica nos Valles Calchaquíes. Para chegar aí passamos pela lendária "Cuesta del Obispo", uma estrada estreita e perigosa, cheia de curvas sinuosas, penhascos e desfiladeiros. Morri de medo! Ainda mais que estava tudo nublado e, pra piorar, a beira da estrada é cheia de cruzes em homenagem aos viajantes que desapareceram aí!!!

Bom, mas o final é recompensador, chegamos na "Piedra del Molino" (mais de 3.000m de altitude!), onde há uma capelinha de pedra e uma linda vista do percurso.
Depois seguimos viagem pelo "Parque Nacional Los Cardones" (cardón = cactos) e a impressionante "Recta de Tin Tin", antigo caminho inca que é uma espetacular reta de 12km de extensão que atravessa o parque até Payogasta.

Curisosidades: A Cuesta del Obispo tem esse nome porque em 1622 o Monsenhor Cortázar, bispo de Salta, viajava de Salta a Cachi e teve que pernoitar na metade do caminho, já que o tempo não lhe permitiu seguir em frente, a partir daí, o lugar recebeu o nome de "Cuesta de la Dormida del Obispo".
A recta de tin-tin é um lugar onde muitos afirmam terem visto Ovni's!
Na recta, há placas de "Cuidado, cruzamento de animais!" que têm desenhos de llamas em lugar de bois, muito fofo!!

terça-feira, 8 de julho de 2008

Salta, La Linda


Salta é a capital da província de mesmo nome, e fica no noroeste da Argentina, ao leste da Cordilheira dos Andes. Não é à toa que é conhecida como "Salta, la linda", pois além das paisagens maravilhosas é uma província com muita identidade cultural, gastronomia peculiar, importância histórica, além de ser considerada o berço de tradições e do folclore na Argentina.

A cidade é famosa por sua arquitetura colonial, com destaque para os prédios do Cabildo, da Catedral e da Igreja e Convento de São Francisco. A praça onde estão o Cabildo e a Catedral é cheia de cafés e bares, super agradável para passar a tarde. O centro comercial é muito movimentado e cheio de "shoppings" e galerias que vendem produtos baratos. Em Salta também há um teleférico altíssimo que chega até o Cerro de San Bernardo (200m acima do nível da cidade) e tem uma vista linda. No cemitério de Salta as flores de papel crepon coloridas contrastam com a tristeza do lugar.










Salta é o início do itinerário do famoso "Tren de las Nubes" ("Trem das Nuvens"), que realiza um peculiar passeio pela região de La Puna: o trem sobe a encosta dos Andes e atinge cerca de 5.000 m de altura (sendo uma das ferrovias mais altas do mundo) e tem como destino final a cidade de San Antonio de los Cobres. Uma pena que o serviço foi interrompido (desde 2005 para reparo) e eu não pude ir!! Outro passeio que ficou para a próxima foi ao povoado de Iruya, que fica no alto de uma montanha e tem ruas de pedras onde não passam carros. O caminho é bastante perigoso e todos aconselham ir cedo e em caravana. Aí também são fortes os efeitos da puna devido à alta altitude.
Na noite salteña o movimento se concentra na Rua Balcarce, que é cheia de bares e restaurantes. No Vieja Estación você pode assistir ao show de folclore, além de jantar a deliciosa e inigualável comida típica da região (empanadas salteñas, tamales, humitas, locro, guisos, e até carne de llama!!). Uma outra opção é ir a uma das peñas da cidade, tomar sangria e escutar a música do lugar (a peña que fomos ficava num casarão antigo amarelo).
Curiosidades: Um dos grupos de folclore mais famosos da Argentina se chama "Los nocheros", e eles são de Salta.
O antológico Bar Valderrama, cantado por Mercedes Sosa, também fica em Salta, e ela costumava cantar aí antes de ficar famosa pelo mundo inteiro!
Os salteños têm o costume de mascar folha de coca!
Outro costume: fazer "a siesta"!! O comércio fecha, literalmente, depois do almoço até umas 15hs!
A gente de Salta é super simpática, simples e acolhedora!
O clima lá é semi-desértico: quente e seco (item indispensável: hidratante para pele extra seca!), mas à noite faz muito frio! Atenção: no verão chove pra caramba!