quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Rally da morte


Durante pouco mais de duas semanas não se falou em outra coisa na Argentina.
E com razão, foi a primeira vez que o rally mais famoso e perigoso do mundo foi realizado fora do continente africano, após ter sido cancelado no ano de 2008 em razão das ameaças terroristas.
O Paris-Dakar é conhecido por ser a maior e mais difícil prova do automobilismo e é marcado por muitas mortes ao longo da sua história. A edição do Dakar Argentina-Chile não foi diferente e deixou seu saldo mórbido: a morte do motociclista francês Pascal Terry e de mais dois espectadores, além de outros espectadores e competidores feridos. A prova manteve seu grau de dificuldade elevado, com direito a redução de alguns trechos cronometrados e até cancelamentos de etapas. Os 530 competidores radicais saíram de Buenos Aires no dia 03/01/09 (largada oficial) , dos quais somente 268 voltaram no dia 18/01/09. A chegada de pouco mais de 50% dos participantes foi um saldo positivo, levando-se em conta que o pessimista do Sergio estava achando que ia chegar só uma pessoa de táxi e duas outras em avião hahaha (exagerado).
Na categoria de carros, ganhou o sul-africano Giniel De Villiers, na categoria de motos, o espanhol Marc Coma, a de caminhões ficou com o russo Firdaus Kabirov e nos quadriciclos venceu o tcheco Josef Machacek. Para delírio dos argentinos Marco Patronelli ficou em 2º lugar nos quadriciclos (melhor classificação de um sul-americano). Os brasucas melhores classificados foram André Azevedo com o 6º lugar nos caminhões e José Hélio Rodrigues Filho, que ficou em 12º lugar nas motos.
Enfim, foi emocionante ver todas essas motos e carros turbinados no dia 02/01/09, na largada simbólica em plena 9 de julio. As pessoas estavam em êxtase pelas ruas de Buenos Aires (inclusive eu, que tal qual uma tiete alucinada toquei na mão de alguns dos motoqueiros que passavam por ali desejando-lhes boa sorte!) . Os competidores ficaram impressionados com tamanha participação popular no evento, tanto em Buenos Aires como no decorrer do percurso, muitos ficaram eufóricos chegando a fazer manobras radicais (para delírio do público) e todos elogiaram as lindas paisagens por onde passaram. Será que no ano que vem o rally da morte voltará às terras argentinas/chilenas? Aguardemos...

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