Mendoza é uma cidade grande com ares de interior, as maiores atrações são a Plaza Independéncia, o Centro Cívico, a Peatonal Sarmiento (onde há uma grande concentração de lojas e bares), os dois Casinos da cidade, o Mercado Central e o Parque San Martín.
A cidade é super limpa, as ruas são todas arborizadas, vemos ônibus elétricos circularem e asequias em praticamente toda a cidade (espécie de canais por onde corre água limpa utilizada para irrigação).
Infelizmente, a oferta gastronômica e de vinhos foi decepcionante, as poucas parrillas que encontramos no centro serviam de tudo, inclusive massas e peixes (ecletismo demais não é lá um bom sinal) e eram lotadas de turistas e, por conseguinte, com preços à la Puerto Madero. Quanto aos vinhos, incrivelmente, não havia muita variedade (!) e os preços eram os mesmo de Buenos Aires!! Isso mesmo, na terra do vinho, ao contrário do que pensávamos o vinho não era barato e o pior, encontrávamos as mesmas marcas ou até menos que em Buenos Aires. Foi duro, mas enfim encontramos alguns poucos lugares recomendáveis para comer. O primeiro trata-se de um restaurante tradicional, que nos foi recomendado pelo dono da Finca La Anita, o Restaurante Don Mario, com uma ótima e bem servida parrilla, ambiente requintado, preços justos e carta de vinhos mais do que completa, vale muito à pena (há duas sucursais, fomos na que fica na Rua 25 de maio, 1324 em Guaymallén). A outra opção é a Parrilla Nuevo Encuentro (que fica na rodovia acceso este, já em Maipú), é uma espécie de churrascaria de beira de estrada com ambiente familiar, buffet livre, preços mais do que baratos, atendimento informal, comida gostosa (incluindo o chivito), um bom vinho da casa e, o fator que mais nos convenceu: estava cheia de lugareños (isso mesmo, nativos, nada de turistas!).
As vinhotecas de Mendoza não fugiam à regra geral: oferta dos mesmos vinhos que encontramos em Buenos Aires! Mas eis que surge na nossa frente por obra do destino a maravilhosa Viñoteca Viognier (Rua Amigorena 94, no Centro de Mendoza, perto do Hotel Sheraton), que oferecia uma grande variedade de vinhos regionais, de bodegas familiares, vinhos de autor, enfim, vinhos de marcas pouco ou nada conhecidas, bons e baratos! Exatamente o que buscávamos em Mendoza! Felizes e contentes, voltamos pra Buenos Aires com 3 caixas de vinhos exclusivos e deliciosamente desconhecidos!
Mas o melhor de ir à Mendoza, não é propriamente passear pela capital, é ir às bodegas, aos olivares, às cidade vizinhas (como Maipú, Luján de Cuyo, Tunuyán e Guaymallén mais próximas, ou em lugares mais afastados como Villavicencio, Potrerillos, Uspallata e Tupungato), andar de bicicleta pelos vinhedos, fazer 4X4, rafting e outros esportes radicais e, na minha opinião, viver a experiência mais inesquecível de todas: contemplar os Andes bem de perto!
Hospedagem: lá tem uma ampla rede hoteleira (exceto na época da vendimia, você tem muitas opções para escolher: desde chiques como o Sheraton e Park Hyatt aos mais econômicos como o Ibis, onde ficamos pela bagatela de 119 pesos - não é à toa que estava cheio de brasileiros). No dia em que não conseguimos hotel ficamos num albergue, o "La casita de la Abuela" em Coquimbito, Maipú (Carril Urquiza 1424). Atenção: se você não está de carro não fique no Ibis, pois fica longe do centro (fica na Lateral Sur Acceso Este 4242, na cidade de Guaymallén). Curiosidades: Segundo informações não oficiais e parcialmente confirmadas por este blog, os mendocinos (principalmente as mulheres) são considerados o povo mais bonito da Argentina.
No mcdonald's de Mendoza são servidas empanadas, vinho e sanduíche com abacate (!).
Ao contrário do que diz a sabedoria popular, as empanadas mendocinas não têm uva passa (pelo menos as que eu comi!).
Até no aeroporto de Mendoza há plantações de uva, é mole?!
O time Independiente Rivadavia de Mendoza também estava hospedado no Ibis e vimos o burrito Ortega.
Acredite se quiser: tomei mais cerveja Andes que vinho em Mendoza!
Dica final: aproveite para comprar alfajores ou chocolates mendocinos (que não são fáceis de encontrar em Buenos Aires), a marca mais conhecida de lá é a "La Cabaña".