segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Humahuaca , Purmamarca, etc














Saindo de Tilcara, passamos pelo Trópico de Capricórnio e seguimos em direção a Humahuaca, a cidade de ruas estreitas de pedra, que tem o mesmo nome da Quebrada e é famosa por seu típico carnaval.
Lá tem um monumento gigante aos hérois da independência, a linda igreja da Candelaria e o prédio do Cabildo, onde atualmente funciona o prédio da Prefeitura e que tem um detalhe pitoresco: um relógio com a imagem articulada de San Francisco Solano (às 12 e 24 horas, além de tocarem os sinos, uma porta se abre e a imagen do santo em tamanho natural aparece na torre do edifício e oferece sua benção mecânica aos que estão na praça!!). Essa é a primeira imagem articulada de um santo em todo o mundo, e foi inaugurada em 2 de fevereiro de 1940. Na pracinha também há venda de artesanato e de um instrumento típico da região: o charango!

Um bom almoço é no restaurante la Cacharpaya, um restaurante estilo "comedor" em que vão muitas excursões, a comida é boa, barata e abundante, sem muita frescura e, além de tudo, tem apresentação de um grupo folclórico!
À noite, percorrendo o centro da cidade, descobrimos peñas e bares, além de um lugar com deliciosas empanadas ("Empanadas de la Abuela").
Na volta, passamos por Maimará e compramos um bollo com chincharrones (espécie de pão com torresmo delicioso!!).




Já em Purmamarca, avistamos o impressionante "Cerro de Siete Colores", percorremos a feira de artesanatos e almoçamos no "Restaurant los morteros" uma deliciosa tábua de frios! Estávamos perto das salinas, mas desistimos de ir depois de ver uma turista com crostas escuras de queimadura na cara (Deus me livre!!).

A viagem já chega ao fim quando passamos por Tucumán (província onde nasceu Mercedes Sosa!!!) e pernoitamos em Tafi del Valle. Aí, como não poderia deixar de ser, provamos a especialidade da culinária local: Chivito (cabrito!). Passando por Termas del Rio Hondo, em Santiago del Estero: não deixe de comprar os deliciosos alfajores artesanais "Ruta 9".

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Quebrada de Humahuaca e Tilcara


Na província de Jujuy, passamos apressados pela capital (San Salvador de Jujuy), com destino a Tilcara, uma cidadezinha que fica na Quebrada de Humahuaca. A Quebrada de Humahuaca é um estreito e profundo vale (canyon) que, de tão lindo, foi declarada Patrimônio Cultural e Natural da Humanidade. E não é pra menos, o lugar é uma combinação de maravilhosas paisagens, casinhas, povoados e cidades que conservam vestígios pré-colombianos e coloniais, e também da milenar cultura omaguaca.














Chegando em Tilcara são muitas as atrações. Primeiro de tudo, o Pucará (ruínas de uma fortaleza construída pelos antigos ancestrais em cima das montanhas).
A caminhada até o Pucará é curta, passando por uma ponte cinematográfica e por um curral de llamas. Chegando nas ruínas vemos as montanhas multicoloridas e percorremos o pucará, onde há uma réplica de uma índia e também de uma pirâmide!

A cidade tem uma pracinha onde se pode comprar artesanato, roupas com motivos indígenas lindos e gorros estilo Manu Chao. A igreja é super bonita e tem o interior revestido de cactos. Aí na pracinha também se encontra o interessante Museo de Arqueologia que tem até uma múmia.
O melhor Restaurante da região se chama Los Puestos, que serve a melhor comida típica, além de vinhos deliciosos como o torrontés. À noite tem uma peña folclórica ótima na esquina da pracinha: Peña Rincón del Colla, onde conhecemos o Tupac, um morador ilustre da cidade. Por fim, resta chamar atenção para dois eventos: o carnaval em fevereiro (que inspira a famosa canção: carnavalito humahuaqueño) e a festa da Pachamama (mãe-terra), que é no começo de agosto.















Curiosidades: quando tomam alguma bebida, os moradores de Tilcara atiram um pouco no chão e dizem "Para Pachamama!".
Tilcara aparece na série "Te quiero América" que passou no Fantástico ano passado!
Dicas: Hospedagem: El Antigal, na Rua Rivadavia, s/n, esquina com Sarmiento (1 quadra da praça central).Telefone/Fax: (0054-388)495-5089 e 495-5020.
Não deixe de provar um doce típico: doce de membrillo (marmelo) com queijo de cabra!!

sábado, 2 de agosto de 2008

Um torrontés em Cafayate!


Saindo de Cachi tomamos a lendária "ruta nacional 40" em direção a Cafayate. A ruta 40 é como a "road 66" argentina, é a estrada mais longa e literalmente atravessa o país do sul ao norte, seguindo paralela aos Andes e cruzando 11 províncias. Segundo minhas pesquisas com muito rigor científico (haha), ela começa em Cabo Vírgenes na província de Santa Cruz (extremo sul do continente) e termina em La Quiaca, em Jujuy.
Bom, infelizmente, a parte da estrada que tomamos não tinha nenhuma pavimentação e não parecia nem de longe uma estrada nacional. Mal saímos de Cachi, passamos em Molinos, vila que tem um posto de gasolina e um banheiro nada recomendável. Aí, fizemos nossa boa ação do dia e demos carona a um casal de hippies. Pouco tempo depois, chegamos o mais próximo da cordilheira dos Andes e foi emocionante ver as montanhas gigantes com o gelo eterno em cima.

Atravessamos os Vales Calchaquíes e chegamos a Cafayate, na região vinícula de Salta. Visitamos rapidamente a cidade e saímos correndo atrás de uma vinícula qualquer e acabamos encontrando a "Finca de las Nubes", da Bodega Mounier. Por sorte chegamos a tempo de escutar um pedacinho da visita guiada e, claro, fazer a tão sonhada degustação de vinhos!!! Mas como tudo que é bom dura pouco e tínhamos que voltar, passamos rapidamente pela praça, tomamos um café, tietamos um tailandês com uma moto viajante e fomos para nosso próximo destino!
Ah, você deve estar pensando: e o quê que o Torrontés tem a ver com Cafayate? Tudo!

Torrontés é uma uva branca que, junto com a malbec, se converteu na uva emblemática da Argentina. O país, atualmente, é o único a produzir essa uva e é em Cafayate que estão as condições ideais para seu plantio!!! Os melhores vinhos torrontés são produzidos em Cafayate, eles são bem frutados (sente-se nitidamente o gosto de pêssego!!) e refrescantes.
Dica: acompanhar o torrontés com humitas, tamales, peixes, frutos do mar, comida chinesa, locro, empanadas salteñas, queijos suaves, massas...

Curiosidades: a expressão equivalente a "do Oiapoque ao Chuí" na Argentina é "de Ushuaia a la Quiaca".
Há outra estrada que vai de Salta a Cafayate direto, sem passar por Cachi, onde as montanhas formam figuras e têm nomes conforme as figuras que pareçam!